terça-feira, 21 de outubro de 2008

nvo

Kecharitoméne – Ave Cheia de Graça
“Solta gritos de alegria, filha de Sião! Solta gritos de júbilo, ó Israel! Alegra-te e rejubila-te de todo o teu coração, filha de Jerusalém! O rei de Israel, que é o Senhor, está no meio de ti”
(Sf 3,14b.15b)
A passagem acima ecoa no Novo Testamento em:
“Ave Cheia de Graça; o Senhor é convosco” (Lc 1,28) – O sentido exato da saudação do anjo (kecharitoméne) é que Maria nunca esteve sem a graça. Logo nunca esteve com pecado.
O que faz com que esta saudação seja tão especial? São Tomás nos ajuda obter a resposta por meio de um de seus sermões.
No Antigo Testamento vemos que os homens se sentiam extremamente honrados em poder testemunhar a aparição de anjos. Abraão reverencia os anjos (Gn 18,2-5) e lhes dá hospitalidade. O homem reverenciava o anjo e o anjo não reverenciava o homem. Isto se deu porque o anjo é maior que o homem e o é por três diferentes razões:1ª) – o anjo é superior ao homem por sua natureza espiritual;“Está escrito: Dos seres espirituais Deus fez seus Anjos (Sl 103). Não convém que a criatura espiritual e incorruptível renda homenagem à criatura corruptível.” (S. Tomás de Aquino. Sermões, A Ave Maria, 3)2ª) – o anjo ultrapassa o homem por sua familiaridade com Deus;“O anjo pertence à família de Deus, mantendo-se a seus pés. Milhares de milhares de Anjos o serviam, e dez milhares de centenas de milhares mantinham-se em sua presença (Dn 7,10). Mas o homem é quase estranho a Deus, como um exilado estando longe de sua face pelo pecado, como diz o Salmista: (Sl 54,8) Fugindo, afastei-me de Deus.” (op. cit., 3)

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